sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O amor

Esta redação foi uma proposta de um antigo vestibular, cujo tema era: elixir que levanta seu astral.

   O sol se põe, os caminhos transformam-se em becos estreitos, as saídas parecem sumir, a solidão prevalece, levando todos à depressão. Os desejos, as vontades, desaparecem, o mundo para. Você não vê nada, salvo a tristeza em seu coração.
   Deste poço, onde te encontras, nada pode te tirar. Talvez, quem sabe, exista algo, um solitário ato, algumas breves palavras... Infelizmente, já cansaste de por elas esperar. A última gota de esperança que apenas te mantém vivo, já arfa de cansaço, nem mesmo ela acredita mais.
   Não chores por este elixir, do qual foste privado, pois estas lágrimas que derramas de nada servirão para lavar a tristeza tatuada em teu peito. Este teu astral apenas te consumirá, as palavras que sairão de teus lábios serão vazias, respaldadas por sorrisos falsos e superficiais.
   Lembras do tempo em que iludias teus sonhos com esperanças infundadas, vias-te a andar de mãos dadas, rodeado por este elixir, por este amor, o qual, para ti, nunca realmente existiu. Conheceste a desilusão a partir da dor, do abandono.
   Porém, há um detalhe, uma certa fé urge em teu peito, um único raio de Sol atinge tua pele pálida, lembras-te de um olhar, o qual fitava-te, este estava, tens quase certeza, cheio de tal elixir, de amor. Então é verdade, ele existe. Teus lábios estendem-se em um sorriso, ergues-te, juntamente com teu astral, aquele que consideravas perdido.

G.N.

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