Eu viso ao fim, desejo o mundo e nada mais. Cada grão de areia de volta à rocha, montanhas ao chão, sem quedas, restaram apenas os precipícios. A aurora do saber, da luz que rompe as frestas da ignorância. Um sonho de paz. Quero abrir s olhos para esta guerra, encontrar o caminho de pedras, vencer, adormecer.
Sorrisos de canto, observando de soslaio, um flerte inocente com a vida, brincadeira de criança, loucura de adolescente. A verdade se perde dentro das cores, assisto à tudo feliz, incapaz de distinguir os tons, as mentiras, ruflando as asas da mente.
Os pés desenham passos, letras de músicas, compondo a melodia desta loucura. A leveza carrega o vento, sopra as nuvens, as quais escondem-se com a noite. Por estas escadas de ferro arrisco-me, vendo ao cabo o fim do dia, desaparecendo com as rimas.
Sento-me para assistir ao mesmo filme, unindo-me a sentimentos que pensei ter abandonado, esquecendo a liberdade que por segundos abracei. A Lua, porém, sorri, regando o coração antes seco, agora aprisionado. Some a honestidade, volto à esse jogo infantil, de gente grande.
Encanto-me com os diferentes nuances de cinza, divertindo-me com infundadas ilusões, logo esqueço conquistas e anseios, o mundo vira coadjuvante nesta perdição. Entretanto, sigo, pois em breve será a hora de acordar, de livrar-me destes clichês.
G.N.
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