sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Ciência do Flerte

Os olhares se cruzam pela primeira vez. Um suspiro escapa, a pulsação acelera. As pupilas dilatam, deixando os olhos brilhantes. A partir deste momento, uma série de decisões baseadas na coragem e observação leva os dois envolvidos a uma teia de provocações, olhares furtivos, movimentos caracteríscos e insinuações. A mistura de sensações, sentimentos e instinto tomam o ambiente em volta.
Cada movimento é calculado. Inicialmente, eles se avaliam, especulam, buscam por algo que os encoraje a dar o primeiro passo. Mandam sinais sutis, testam o interesse do outro. Às vezes, um meio-sorriso desviado ou um olhar mais demorado é o suficiente para abrir as portas para uma aproximação.
A primeira conversa travada é por vezes curta e aparentemente trivial, mas cada palavra dita tem um propósito. “Sim” e “Não” deixam de ser categóricos e passam a adquirir certa ambiguidade. Por que, neste momento, o que está em foco não são as palavras em si, e sim o modo como são ditas e os gestos que as acompanham.
A partir daí, seguem frases mais ousadas e movimentos mais agressivos. O interesse despe-se de quaisquer máscaras de sutileza, e as intenções são claras. Eles experimentam tocar-se, exploram-se, sentem-se. Pode ser que seja o início de um romance duradouro, ou apenas mais uma noite. Quem sabe?

C.B.

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